Apatia em Janeiro
Hoje estou tão triste e deprimida. Percorri todos os meus livros estrangeiros e invulgares, todos os autores não traduzidos que me são tão queridos, percorri as minhas memórias e a minha agenda e os meus cadernos e andei na rua e vi as pessoas e nada me conseguiu inspirar. Acho que começo a sofrer daquela solidão dos espíritos que viveram à frente do seu tempo. Ou das pessoas muito sensíveis. Pessoa deve ter escrito sobre isto. Lazlo não falou de outra coisa. Mas hoje não me apetece citações, nem traduções, nem explicações. Às vezes acontece. Percebem isto?
Ana Esperta
posted by Ana @ 4:51 AM
6 Comments:
Percebo, cara amiga. Percebo e entendo, que é muito mais do que somente... perceber. Fico feliz ao ver que liberta os seus sentimentos admiráveis neste pedaço de papel virtual. Se o não fizesse... (quem sabe o que já teria acontecido). As almas livres arranjam sempre forma de exprimir a Liberdade. Mesmo dentro de quatro paredes, como a minha esteve, no Tarrafal. Conte e encante! Sempre!!
adorei as tuas anas, não sei de qual eu gosto mais, talvez as duas sejam uma, talvez não possam viver uma sem a outra, o que é interessante é a tensão que existe entre as diferenças. adorei principalmente o texto de hoje, acho-o muito poderoso e muito bonito.
tinhas razão. surgiu uma nova pessoa na minha vida.chama-se Carlos, não tem nada a ver com drogas, e ainda assim está-me a dar que fazer, e que sonhar e que viver.
madrugo e não tenho apetite.estou apaixonada.a minha psicóloga trata de mim.
estou feliz pelas nossas perspectivas.
muitos beijinhos da tua amiga aterrorizada com este novo amor
Teresa Rodrigues
Vitorino: comovente! É bom saber que as almas livres permanecem intactas!
Sôdona Teresa,
Um ligeiro cumprimento a este blog para logo a seguir falar de si e da sua vidinha? Denotarei aí um transtorno narcisico de personalidade?
Realmente, a tristeza e o ócio são uma arte. Mas há sempre outras inspirações, Ana. Eu cá não me posso esquecer de ir ver a exposição da Frida, nem o concerto do Lucjan, nem a peça de teatro Um, dois, três, estou cá outra vez (peço desculpa, estão a dizer-me que já não está em cena...). Em suma, diversifique! É o meu conselho! De todo, absolutamente!
Sr. Vitorino,
Não sabia que o meu comentário iria ficar disponível para "todos" lerem. Hoje, quando percebi isso fiquei em estado de choque. Enfim, é com os erros que aprendo.
Teresa Rodrigues
haverá um potencial amor entre Sr. Vitorino e Sôdona Teresa?
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